Dois delegados da Polícia Civil de Alagoas foram presos nesta segunda-feira sob suspeita do assassinato de uma testemunha de um homicídio pelo qual foram denunciados.
Os delegados Aylton Prazeres e Gilberto Luiz França tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada hoje pela Justiça. Eles se apresentaram pela manhã na sede da Polícia Civil, em Maceió.
Para o juiz que decretou a prisão temporária, Roberto Pedro Martins de Araújo pode ter sido morto para assegurar a impunidade dos dois delegados. O homicídio ocorreu em 10 de junho de 2005, em Santana do Ipanema, 20 dias depois do primeiro crime.
O delegado Antônio Carlos Lessa, presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas), disse que será apresentado recurso ao Tribunal de Justiça para tentar reverter a prisão dos delegados.
Segundo Lessa, os delegados disseram que não sabiam da existência da testemunha e que foram apontados como responsáveis pela morte de Araújo por parentes dele. Eles negaram envolvimento na morte da testemunha.
"É a terceira prisão de delegados em menos de um mês, o que está preocupando a instituição", disse Lessa. Segundo ele, as prisões são decretadas com base em depoimentos de parentes ou testemunhas, que podem estar interessadas na prisão dos policiais.
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