sexta-feira, 24 de julho de 2009

Chefe dos fiscais da Subprefeitura de Santo Amaro é morto na zona sul de SP

O fiscal da Subprefeitura de Santo Amaro Claudemir dos Santos, 44 anos, foi assassinado na noite de anteontem no Campo Belo (zona sul de SP). Há seis meses ele trabalhava como coordenador de fiscalização dos vendedores ambulantes. Até ontem, ninguém havia sido preso.
Segundo a polícia, Santos voltava para casa trafegando com seu Palio prata pela avenida Santo Amaro, às 20h, quando, na esquina com a rua Jesuíno Maciel --ao lado do 27º DP (Campo Belo)--, um Corcel vermelho emparelhou com o carro do fiscal.

De acordo com uma testemunha, um homem que estava dentro do Corcel atirou ao menos cinco vezes na direção do fiscal --atingido no rosto e no lado esquerdo do corpo.
O fiscal foi socorrido, mas, levado ao hospital São Paulo, não resistiu aos ferimentos e morreu. O local onde o crime foi praticado fica perto de uma delegacia e tem bastante movimento. Mesmo assim, os acusados conseguiram fugir, entrando pela contramão na rua Jesuíno Maciel.
"Tudo indica que foi execução, e o motivo será investigado", disse o delegado João Batista Araújo, titular do 27º DP, onde o caso foi registrado.

Ainda segundo a polícia, a testemunha disse que, ao ouvir "cinco ou seis estampidos", correu para a avenida Santo Amaro e encontrou a vítima sangrando muito. Essa testemunha não soube dizer quantas pessoas estavam dentro do Corcel. A polícia devolveu à família da vítima dois celulares e uma câmera digital que estavam no carro de Santos. Os objetos não foram roubados pelos autores do assassinato, o que faz crer que não havia a intenção de assaltar.

Ameaças
A Subprefeitura de Santo Amaro informou que não tinha conhecimento de ameaças sofridas pelo fiscal em razão de seu trabalho. Em depoimento à polícia, a mulher da vítima --uma auxiliar administrativa de 27 anos que vivia com a vítima havia seis-- informou que Santos não havia comentado sobre ameaças, mas falava em "confrontos" durante a fiscalização dos camelôs em Santo Amaro --ocasiões em que a Polícia Militar era chamada para dar apoio. Segundo ela, Santos era quieto.
Colegas do fiscal e a mulher dele estiveram ontem no IML (Instituto Médico Legal) Sul, mas não quiseram falar com a imprensa. O corpo de Santos seria levado ainda ontem para Lins (431 km de SP), onde ele nasceu e será enterrado.

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