O vigia Everaldo Pereira dos Santos, que se apresentou como Aldo, pai da adolescente Eloá Cristina Pimentel, 15, é suspeito de participar da morte de Ricardo José Lessa Santos, irmão do ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. O crime ocorreu em 1991, e o suspeito é procurado desde 1993.
Questionada a respeito da possibilidade de homônimo, a Polícia Civil de Alagoas e o Tribunal de Justiça confirmaram nesta terça-feira se tratar da mesma pessoa. Eles identificaram Santos pela repercussão da morte da filha. A confirmação foi feita ainda pelo documento de Eloá e também por fotos divulgadas na imprensa. Uma carta precatória já foi enviada para São Paulo.
Rivaldo Gomes/Folha Imagem Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá, é suspeito de assassinato em Alagoas; na foto, ele é atendido ao ter crise de hipertensão Eloá morreu baleada após passar cem horas refém do ex-namorado em Santo André (Grande São Paulo). O pai não compareceu ao enterro, nesta terça-feira. De acordo com familiares, ele é hipertenso e passava por atendimento médico. Durante o período em que a filha ficou rendida, ele passou mal e também chegou a ser socorrido. Nesta terça, policiais civis estiveram no velório e também no hospital municipal de Santo André, onde procuraram pelo pai de Eloá. O hospital informou desconhecer que ele tenha sido medicado no local. Existe a suspeita de que ele já tenha deixado a cidade. No apartamento da família, onde Eloá foi mantida refém, a polícia encontrou duas armas --um revólver levado pelo ex-namorado da menina, Lindemberg Alves, e uma espingarda calibre 22, pertencente ao pai da menina.
Segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas, Everaldo responde a processos abertos na Justiça comum e Militar.
Ele integrava a Polícia Militar de Alagoas e é suspeito de integrar um grupo denominado de gangue fardada, espécie de esquadrão da morte local. O processo foi aberto em 1993, dois anos depois do crime. Santos, segundo o TJ de Alagoas, responde a homicídio doloso (quando há intenção de matar). Este mesmo caso desencadeou outros dois processos: um na Justiça Militar Estadual de Alagoas, já que ele era militar, e outro, o que configura o grupo de extermínio. Em 21 de julho deste ano, o juiz de direito Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara Criminal de Maceió, renovou o pedido de prisão contra Everaldo.
Outro lado
A reportagem não conseguiu localizar parentes de Santos e não conseguiu identificar se ele já constituiu advogado.
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